ANAIS :: 30º EIA - Bauru/SP - 2015 - ISSN : 1983-179X
Resumo: P110

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P110

Diagnóstico audiológico em recém-nascidos e lactentes que falharam na triagem auditiva neonatal

Autores:
SILVA, V.B.1, GAMA, C.F.L.1, KUNIYOSHI, I.C.1
1 FSL - Faculdade São Lucas

Resumo:
Resumo Simples

Introdução: A triagem auditiva neonatal já é realidade em alguns locais do território brasileiro e desde o ano de 2012 é amparada por lei específica. Conhecer os resultados dos programas de triagem auditiva neonatal pode fornecer informações aos gestores quanto à ocorrência da perda auditiva neonatal e suas prováveis causas, subsidiando assim a elaboração de estratégias para a prevenção da mesma, além da implantação de novos programas. Objetivo: Caracterizar os resultados do diagnóstico audiológico de recém-nascidos e lactentes encaminhados da triagem auditiva neonatal, quanto ao risco, tipo, grau e lateralidade da perda auditiva. Metodologia: Estudo transversal, do qual participaram 33 recém-nascidos e lactentes, com idade entre 21 e 90 dias, (média=47,8; IC= 7,8 dias), encaminhados da triagem auditiva neonatal para diagnóstico audiológico após apresentar resultado alterado no teste com emissões otoacústicas evocadas por estímulos transientes e/ou potencial evocado auditivo de tronco encefálico automático. Foi realizada anamnese para levantamento da ocorrência de indicadores de risco para a audição, timpanometria com tom de sonda de 1000 Hz, potencial evocado auditivo de tronco encefálico com estimulo click por via aérea e via óssea, potencial evocado auditivo de tronco encefálico por frequência específica e avaliação otorrinolaringológica. Resultados: Dos 33 recém-nascidos e lactentes encaminhados, 75,8% (n=25) não apresentaram indicadores de risco para deficiência auditiva e 24,2% (n=8) apresentaram um ou mais indicadores; 66,7% (n=22) foram diagnosticados com perda auditiva e 33,3% (n=11) com audição dentro da normalidade; Dos 22 recém-nascidos e lactentes diagnosticados com perda auditiva, 73% (n=16) não apresentaram indicadores de risco para deficiência auditiva e 27% (n=6) apresentaram um ou mais indicadores; 50% (n=11) apresentaram perda auditiva do tipo condutiva, 36,4% (n=8) neurossensorial e 13,6% (n=3) mista. Dos recém-nascidos diagnosticados com perda auditiva neurossensorial (n=8), 63% (n=5) não apresentaram indicadores de risco para deficiência auditiva e 37% (n=3) apresentaram um ou mais indicadores, enquanto os diagnosticados com perda condutiva (n=11), 81% (n=9) não apresentaram indicadores de risco para deficiência auditiva e 19% (n=2) apresentaram um ou mais indicadores. A perda auditiva foi observada bilateralmente em 54% (n=12) dos recém-nascidos e lactentes e unilateralmente em 46% (n=10). Somente em 73% (n=16) foi possível classificar o grau da perda auditiva, onde se constatou que 37,5% (n=6) apresentou o grau moderado, 37,5% (n=6) profundo, 12,5% (n=2) leve, 6,3% (n=1) severo e 6,3% (n=1) o grau moderadamente-severo. Conclu¬são: A maioria dos recém-nascidos e lactentes encaminhados da triagem auditiva neonatal e diagnosticados com perda auditiva é de baixo risco para deficiência auditiva. A prevalência da perda auditiva é de 66,7%, sendo semelhante a ocorrência do tipo condutivo e neurossensorial e do grau moderado e o profundo.

Palavras-chave:
 Perda auditiva, Diagnóstico, Triagem neonatal